terça-feira, 15 de junho de 2010

Lev Vygotsky


Seus pais eram de uma família judaica culta e com boas condições econômicas, o que permitiu a Vygotsky uma formação sólida desde criança. Ele teve um tutor particular até entrar no curso secundário e se dedicou desde cedo a muitas leituras. Aos 18 anos, matriculou-se no curso de medicina em Moscou, mas acabou cursando a faculdade de direito. Formado, voltou a Gomel, na Bielo-Rússia, em 1917, ano da revolução bolchevique, que ele apoiou. Lecionou literatura, estética e história da arte e fundou um laboratório de psicologia – área em que rapidamente ganhou destaque, graças a sua cultura enciclopédica, seu pensamento inovador e sua intensa atividade, tendo produzido mais de 200 trabalhos científicos. Em 1925, já sofrendo da tuberculose que o mataria em 1934, publicou A Psicologia da Arte, um estudo sobre Hamlet, de William Shakespeare, cuja origem é sua tese de mestrado.

O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky morreu há 74 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
O papel do adultoTodo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.


--------------------------------------------------------------------------------

----- PAGINA 02 -----
1 2

Sigismund Schlomo Freud


Para entender a sexualidade infantil, Freud estudou as perversões. Descobriu que na constituição dos seres humanos estão presentes práticas de natureza perversa, que irão desaparecendo pela repressão, submetendo-se ao domínio das práticas genitais com vistas à procriação. Algumas perversões (exibicionismo, curiosidade dirigida aos órgãos genitais dos seus companheiros, prazer de sucção, prazer ligado à defecação), que permanecem no adulto são o resultado dessas perversões parciais infantis que se recusaram a cair sob o domínio da genitalidade.
A cada um desses aspectos perversos, presentes na sexualidade infantil, Freud chama de pulsões parciais. Será uma pulsão dirigida ao próprio corpo, que não buscará um outro corpo, como acontecerá por ocasião do desenvolvimento da genitalidade.

Uma pulsão é dita sublimada quando se dirige a um alvo não-sexual visando objetos socialmente valorizados. Nessa busca de um objeto pode haver uma dessexualização, pois a energia (libido) continua a ser sexual, mas o objeto não o é mais. A antiga ânsia sexual ainda se faz presente, só que de um modo mais brando, justificando a busca daquela atividade sublimada.
As bases necessárias à sublimação são fornecidas pelas pulsões sexuais parciais e claramente perversas. Uma ação educativa que “atacasse” essas pulsões, não só fracassaria, mas também faria desaparecer a fonte de um “bem” e que “a tentativa de supressão das pulsões parciais não só é inútil como pode gerar efeitos como a neurose”.
Dizia Freud que sem perversão não há sublimação e sem sublimação não há cultura. Pode ser identificado como o pedagogo clássico que via na criança um mal originário, diferente de Rousseau que afirmava a existência de um bem natural, depois subvertido pela cultura.
Resta, então, dirigir de forma mais proveitosa a energia que move tais pulsões, transformando, por exemplo, a pulsão escópica em curiosidade intelectual, desempenhando papel muito importante no desenvolvimento do desejo de saber. Freud esperava que os próprios educadores construíssem seu método e criassem modos de operação.
Freud afirma que a hostilidade da civilização, representada por uma educação repressora, é semelhante à defesa que o eu levanta contra a pulsão sexual produzindo a neurose. Também a Educação exagera e produz efeitos semelhantes. Freud chega a afirmar qe há uma vocação da humanidade para a neurose.

Alexander Romanovich Luria


Alexander Romanovich Luria (1902 - 1977) foi um neuropsicólogo Soviético especialista em psicologia do desenvolvimento. Foi um dos fundadores de psicologia cultural-histórica onde se inclui o estudo das noções de causalidade e pensamento lógico – conceptual da actividade teórica do sistema nervoso central.

Sistemas de Luria

Alexander Luria defende que o conhecimento e o comportamento humano são resultado da interacção de três unidades funcionais complexas e plásticas, que não podem ser localizados em áreas específicas. Por isso, o autor divide o encéfalo em 3 unidades funcionais.

I Unidade: Regula o estado de vigilia/consciência. É a unidade da atenção, de regulação da vigília que envolve camadas do córtex e o sistema reticular;

II Unidade: Obtem, processa e armazena informações. Unidade de codificação e processamento e armazenamento sas informações que chegam do mundo exterior. Está localizada nos lobos occipital, temporal e parietal;

III Unidade: Programa, regula e verifica a atividade cerebral. Unidade que planifica regular e verificar a informação armazenada. Este terceiro bloco está localizado no lobo frontal.

Luria e Vygotsky

Em 1924, Luria conheceu Lev Vygotsky, que foi para ele uma grande influencia. Juntos com Alexei Leontiev (1904-1979), iniciaram um projecto para desenvolver um ramo novo na psicologia. Procuraram relacionar as influencias “culturais” e ”históricas" criando assim psicologia cultural-histórica. Esta enfatiza o papel mediador da cultura, particularmente da linguagem, no desenvolvimento de funções mentais superiores no desenvolvimento. Por isso, o cérebro é considerado um sistema aberto, de grande plasticidade (social), cuja estrutura e modos de funcionamento são modificados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual. O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico, mediado pela cultura, isto é, não é apenas aquilo que está definido genéticamente que conta para a sua ontogénese, mas também a influencia sócio-cultural.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Carl Ransom Rogers


Uma crítica que se costuma fazer à influência de Rogers na educação é que suas idéias incentivam uma liberdade sem limites, permitindo que os alunos façam o que querem, levando à indisciplina e ao individualismo. Outra objeção comum, desta vez no campo teórico, é que Rogers via os seres humanos com excessiva benevolência, sem levar em consideração possíveis impulsos inatos para a agressividade, a competição ou a autodestruição.
No campo da educação, Carl Rogers pouco se preocupou em definir práticas. Chegou a afirmar que "os resultados do ensino ou não têm importância ou são perniciosos". Acreditava ser impossível comunicar diretamente a outra pessoa o conhecimento que realmente importa e que ele definiu como "a verdade que foi captada e assimilada pela experiência pessoal". Além disso, Rogers estava convencido de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou o que querem aprender. Sua atenção recaiu sobre a relação aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e destituída de noções de hierarquia. Instituições como avaliação, recompensa e punição estão completamente excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que caminhem sozinhos.

Burrhus Frederic Skinner


Continuar ediçãoCriado num ambiente de disciplina severa, foi um estudante rebelde, cujos interesses, na adolescência, eram a poesia e a filosofia. Formou-se em língua inglesa na Universidade de Nova York antes de redirecionar a carreira para a psicologia, que cursou em Harvard – onde tomou contato com o behaviorismo.
O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome.
A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz conseqüências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.

Para o psicólogo behaviorista norte-americano, a educação deve ser planejada passo a passo para se obter os resultados desejados.


Frases de Skinner:
“A educação é o estabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para outros em algum tempo futuro”

“Quando houver domínio sobre a ciência do comportamento, ela será a única alternativa para a sociedade planejada”

Jean William Fritz Piaget


"Segundo Piaget, a criança pré-escolar encontra-se em uma fase de transição fundamental entre a ação e a operação, ou seja, entre aquilo que separa a criança do adulto. Além disso, é uma fase de preparação para o período seguinte (operatório concreto)."

"Enquanto fase de transição, o que caracteriza o período pré-escolar? Trata-se de um período com características bem demarcadas no processo de desenvolvimento e que Piaget chamou de pré-operatório. Este período localiza-se entre o sensório-motor e o operatório concreto."

"As considerações que fizemos acima são de natureza psicológica, ou seja, descrevem o desenvolvimento da criança no período pré-operatório. O professor precisa mais do que isso: quer saber o que fazer com estas informações, como derivar delas uma prática pedagógica. Supomos que esta é uma primeira decorrência: a teoria de Piaget tem um valor de compreensão do processo de desenvolvimento da criança, ou seja, pode instrumentalizar o professor a fundamentar sua prática e compreender a importância dela no cotidiano da sala de aula."

sexta-feira, 28 de maio de 2010

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO


Psicologia do grego quer dizer : pisiquê= alma; logia= estudo. Porém, hoje o termo psicologia não é tratado estudo da alma ao pé da letra. Atualmente é tida como a ciência que estuda o comportamento e a experiência humana através da mente enquanto função cerebral. Vários cientistas como Sigmund Freud, Jean Piaget, Burrhus Frederic, Lev Vygotsky e Alexander Luria criaram teorias sobre tal ciência.
A Psicologia da Educação estuda como os seres humanos aprendem em ambientes educativos, a eficácia das intervenções educativas, a aplicação da psicologia no ensino e nas escolas.
O psicólogo desta área interessa-se com a forma como os alunos aprendem e se desenvolvem, por vezes em subgrupos particulares como crianças com determinada deficiência.
Para entender as características dos alunos na infância, adolescência, idade adulta, e na velhice, estes psicólogo desenvolve e aplica teorias do desenvolvimento humano. Muitas vezes expressas em fases de maturação, de desenvolvimento, e de teorias que descrevem mudanças nas habilidades mentais (cognição), papéis sociais, morais, raciocínio, e crenças sobre a natureza do conhecimento.
Por exemplo, os psicólogos educacionais como Jean Piaget têm pesquisado a aplicabilidade da teoria segundo a qual as crianças se desenvolvem através de quatro fases de maturidade capacidades cognitivas. Piaget hipótese de que as crianças não são capazes de pensamento lógico resumo até serem mais velhos do que cerca de 11 anos, crianças mais novas e, portanto, precisam ser ensinados usando objetos concretos e exemplos. Uma criança pode ser capaz de pensar em abstrato sobre matemática, mas mantém-se limitada a reflexão concreta sobre as relações humanas quando raciocínio. Talvez a contribuição mais duradoura de Piaget mais é a visão que que as pessoas ativamente constroem a sua compreensão através de um processo de auto-regulação.
Piaget propôs uma teoria de desenvolvimento moral raciocínio em que as crianças progressam a partir de uma compreensão da moralidade ingénua baseado no comportamento e de resultados para uma compreensão mais avançada baseada em intenções.
Teorias do desenvolvimento são por vezes, apresentados como não desloca entre qualitativamente diferentes fases, mas, como aumentos graduais em dimensões distintas. As pessoas desenvolvem mais sofisticados crenças sobre conhecimento, uma vez que ganho na educação e na maturidade.